Decisão. Uma palavra pequena, porém repleta de significado e profundidade. Quando ouvimos ou pensamos nela, frequentemente sentimos um misto de força e confusão. Afinal, quem nunca esteve em meio a uma escolha importante e se deparou com um turbilhão de pensamentos, dúvidas, medos e incertezas? Às vezes, parece que tudo está embaraçado, tudo misturado, e ficamos paralisados, sem saber qual caminho seguir.
Decidir é mais do que apenas escolher entre duas opções. Decidir é, muitas vezes, enfrentar a si mesmo. É olhar para dentro e tentar entender o que queremos, o que acreditamos ser o melhor e, ao mesmo tempo, o que é possível dentro do contexto da nossa vida. Nesse processo, nos perguntamos: “O que eu quero é errado?” E a resposta, quase sempre, é “não”. Nossas vontades, desejos e sonhos são raramente errados. No entanto, surge outra dúvida: “Mas é o ideal?”
Essa pergunta nos leva a um terreno ainda mais profundo. O que é ideal, afinal? O ideal, para muitos, é algo perfeito, algo que preenche todas as expectativas e que, ao ser alcançado, nos trará uma felicidade plena. Mas essa perfeição, esse ideal, pode ser ilusório. A busca pelo ideal muitas vezes nos faz hesitar diante de decisões, pois tememos que, ao escolhermos, estejamos deixando para trás algo melhor. Essa dúvida nos faz questionar a todo momento se a decisão que estamos prestes a tomar será realmente a certa.
E assim ficamos à espera de uma resposta, de uma luz que nos guie para a escolha perfeita. Mas essa espera pode ser angustiante. A verdade é que, muitas vezes, a luz que tanto aguardamos não vem de fora. Não é um sinal milagroso, uma resposta externa que nos dirá qual é o caminho certo. Essa luz vem de dentro.
Tomar decisões é parte do fluxo da vida. Não há como escapar delas, e, às vezes, a incerteza é parte natural do processo. Quando aceitamos isso, nos permitimos relaxar um pouco mais. A confusão, o embaraço e a mistura de sentimentos fazem parte de ser humano. O medo de errar nos impede de avançar, mas a verdade é que não existem escolhas absolutamente certas ou erradas. Existem apenas escolhas, e cada uma delas nos leva a um caminho diferente, cheio de aprendizados e oportunidades.
Quando pensamos que uma decisão está em nossas mãos, muitas vezes esquecemos de que o universo conspira a favor do nosso crescimento. Mesmo que a escolha que façamos pareça, em algum momento, não ter sido a ideal, ela nos trará experiências que nos moldam e nos ensinam. E, às vezes, o ideal não é uma questão de perfeição, mas de evolução. O ideal é aquilo que nos faz crescer, que nos desafia, que nos transforma.
Portanto, quando nos deparamos com uma decisão e nos sentimos confusos, a melhor maneira de proceder é nos reconectar com nossa essência. Pergunte-se: “O que faz meu coração vibrar?” “Qual caminho me aproxima mais do meu verdadeiro eu?” Essas perguntas, embora simples, podem nos ajudar a acessar essa luz interior que tanto buscamos.
Lembre-se de que não há decisão certa ou errada. O que existe é a sua jornada, e cada escolha que você faz a molda de uma maneira única. Em vez de esperar pela escolha perfeita, permita-se seguir o fluxo da vida. Confie que, ao fazer isso, você estará sempre sendo guiado para onde precisa estar, mesmo que o caminho não seja tão claro de imediato.
Quando nos entregamos ao fluxo do universo e aceitamos que a vida é feita de decisões – algumas fáceis, outras mais difíceis – conseguimos nos libertar da pressão de acertar sempre. Podemos, então, dar o próximo passo com confiança, sabendo que, independentemente do que escolhamos, a luz que buscamos está, na verdade, dentro de nós. E ela brilhará à medida que seguimos nosso caminho, decisão após decisão.
🌹 Afinal, a vida é sobre viver, aprender e, sobretudo, decidir. Escolha sempre aquilo que te aproxima de você mesmo, e o resto será parte de uma jornada repleta de descobertas e crescimento. Um abraço carinhoso, Diana Prado.
